sexta-feira, 26 de junho de 2009

metablogueando

há aqui coisas muito estúpidas escritas.

O Michael Jackson morreu

não sei se é caso para dizer rest in peace mas lá alívio deve ser que com toda aquela alteração corporal havia-de ser penoso viver naquele corpo



(quando ainda era divertido)

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Wanted


Ofereceram-me a tradução portuguesa em Outubro e dediquei-lhe todas as minhas horas desperta (com excepção das necessárias à manutenção do meu suporte vital) durante uma semana de Dezembro.

Andei a preparar-me para ele durante uns meses, sabia o que tinha nas mãos e queria poder ficar esquecida dias a fio com ele, mudar de posição porque já me doíam as costas, os braços, a cabeça. Ter aquela sensação que perdi a capacidade de falar com as pessoas que me rodeiam e que tudo o que interessa neste mundo está entre duas capas de cartolina. Quando entro num livro a sério sinto que perco habilidades sociais durante algum tempo.

Começou por irritar-me a tradução. Quando percebi que havia mais gralhas, erros, "españolismos" , do que é aceitável, pensei anota-los, quando vi a dimensão do estrago, desisti da ideia. São 500 (?) páginas que se lêem num sopro e é idiota e impossível perder tempo a corrigir a linguagem que irrita.

Ando a planear o ataque à versão original, como quem planeia umas férias para visitar amigos no estrangeiro depois de já ter aprendido a língua. Tenho constantemente recordações e imagens dele a passar na minha cabeça. Normal, podia pensar-se, já que uma parte se passa em barcelona, cidade onde viveu Bolaño, como vivo eu. Outro dia ao sair do metro em Monumental lembrava-me de uma qualquer cena no carrer tallers, mas da mesma forma tenho imagens nítidas da cidade do México ou de Israel, sem nunca lá ter estado e já pude ter uma conversa sobre a geografia e os desertos mexicanos com um nativo, que me explicava onde era a terra dele. "sim sim, sonora, o deserto onde eles.." e depois lembrei-me que era apenas um livro. Habilidades sociais em suspenso é o resultado, mas também a sensação de que há livros indecentemente brutais.

do calor nojento

ta um calor nojento por estas razões:

1. não estou de férias

2. cola-se à pele

3. faz as pessoas cheirarem mal

4. torna-se impossível dormir à noite (ou de dia) porque não há nem 0,3 km/h de vento

5. já disse que não estou de férias, certo?..

segunda-feira, 1 de junho de 2009

metablogueando

resulta que tenho muitas horas à minha frente fixando o word 2007 e tenho que me entreter com alguma ferramenta da web 2.0

da sabedoria

Life does not imitate art; it only imitates bad television

(Woody Allen's Husbands and Wifes)

Bom Mau Filme (def.)

Um bom mau filme é à partida um filme sobre o qual se tem poucas expectativas, ou seja, de inicio já está na prateleira dos maus ( neste ponto, há que definir o que se entende por filmes maus, o que virá já de seguida) mas que, ao assistir-se não provoca o bocejo, a irritação ou o puro desinteresse que caracterizam os maus maus filmes.

Um bom mau filme é muitas vezes uma comédia, mas pode ser igualmente mais próximo do terror ou dos filmes de acção (o que, dependendo dos casos, o fará cair igualmente no território do cómico, ainda que (talvez) não intencionalmente). Na sua maioria serão filmes que não se levam muito a sério (e aí raiamos uma outra categoria: a dos maus bons filmes, brevemente disponível).

Os bons maus filmes partem muitas vezes de uma premissa genial, que dependendo da forma como for trabalhada, pode originar uns bons dez primeiros minutos de uma mau mau filme ou um bom mau filme de verdade. Sacando de exemplos, Knocked up, the break up, waiting são muito maus maus filmes e Superbad ou The 40 year old virgin são exemplos, de filmes que questionam pouco ou quase nada a quase todos os níveis (mas dado a inexistencia de espectativas, as recriminações são inadequadas) mas que se podem considerar bons maus filmes.

reflexões mais elevadas proximamente

Enganados