quinta-feira, 18 de março de 2010

do roubo de livros

eu roubo livros. roubar livros não é o mesmo que roubar outra coisa qualquer. roubar livros na fnac não é o mesmo que roubar livros na ler devagar. roubar livros só é bonito nos sítios onde não gostam dos livros. nunca é bonito roubar livros num alfarrabista ou numa livraria pequena, onde geralmente há uma afinidade com o livreiro, ainda que não se suporte o tipo. não é possível roubar alguém. é possível roubar onde. o alguém tem um rosto e é alguém com quem partilhamos afeições. a fnac não tem rosto. a fnac já deixou de gostar dos livros há muito tempo. para não falar da bertrand, exploradora implacável de muitos que gostam e, igualmente, roubam livros.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Ainda não tenho fotos, mas isto foi o nevão aqui:





dada a falta de material (ou de imaginação?) infelizmente eu limitei-me a bolas de neve, ficar completamente encharcada e com um nariz ranhoso no dia seguinte. adorei!
para quem ai cresceu nos anos 80 e 90 Telheiras era uma espécie de subúrbio ligeiramente mais perto do centro de Lisboa. dizer que se morava na joão barreira significava ouvir invariavelmente "onde?", "em telheiras", "ah e onde é que isso fica?", "ali ao pé do campo grande". Não era o mesmo que morar nas evidentes avenida de roma ou da república. o 67 acabava às nove e meia da noite mas com as alíneas de excepção, a grande probabilidade era ficar apeado a partir das oito e meia. já o 47 circulava até perto da uma, mas dava uma granda volta pelo lumiar. de qualquer das formas era a única forma de voltar para casa depois de um cinema nocturno. o perigo nas ruas era ser roubado pelos ciganos da cola, surpreendido pelos vários exibicionistas que por lá sempre se passearam (de repente lembro-me de pelo menos três episódios) ou levar com balões de água, fosse ou não carnaval. entretanto veio o metro. deixou de ser subúrbio e até já tem direito a violador na "rua dos cafés", precisamente a minha rua, agora escarrapachada nas páginas do i diariamente.

do pasquim transformado em querido diário

mandei um granda corte de cabelo e, correndo o risco de parecer ter nove anos, afinal os vinte e sete assentaram que nem uma luva.

terça-feira, 9 de março de 2010

ups, parece-me que tenho demasiado tempo livre

o i a modos que traduz a wikipedia..

odd

o mais estranho é que da mesma maneira que veio o nevão foi-se. hoje alto dia de primavera - fria mas com solinho - e nem uma pontinha de neve para contar a história. parece que nunca aconteceu.

domingo, 7 de março de 2010

o domingo, na verdade, é um estado de espírito, mas barcelona continua a ser particularmente aborrecida aos domingos. sensação de fim de festa, torpor pré-segunda-feira, e invariavelmente dias escuros.

exactly

Podemos tirar a semana de trabalho do domingo, mas não podemos tirar o domingo de dentro de nós.

sexta-feira, 5 de março de 2010

quinta-feira, 4 de março de 2010

universidade espaço de conhecimento e coisa e tal..

wrong. igualzinho a qualquer tipo de repartição pública ou privada. faço trabalho de secretária cada vez que lá ponho os pés e oiço as tricas internas todas. safa-me a condição de estrangeira paga por uma entidade estrangeira que me dá oportunidade de alguma independência ou estes seriam os piores anos da minha vida. se eu quisesse trabalhar num escritório, tinha ido trabalhar num escritório. ponto.

quarta-feira, 3 de março de 2010

pés molhados... outra vez


mas será que o inverno não acaba nunca?? dava-me jeito um destes, já agora. dava-me jeito caminhar à chuva com as mãos livres e os pés secos, se não é pedir muito. também me dava muito jeito já ter recebido a bolsa e ir no mês que vem a nova iorque, já agora. está ali o Radio City Music Hall mesmo a espreitar.

Enganados