quarta-feira, 25 de julho de 2012

terça-feira, 24 de julho de 2012

da frustraçao

depois de três semanas a tentar abandonar uma companhia telefónica e sem ter conseguido, de momento, levar a água ao meu moinho, começo a perceber porque é que em países com fácil acesso a armas, algumas pessoas se passam da marmita e desatam aos tiros: as pessoas nao ouvem. e quando te ouvem, nao te escutam. e quando te escutam, sao incompetentes. e se nao sao incompetentes, nao conseguem pensar além do que o sistema informatico lhes permite. e a frustraçao é um sentimento complicado de digerir.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

da banda sonora actual

o B Fachada é,  além de um tipo que é fácil odiar (e já de há muitos carnavais), o tipo que toda a gente adora odiar. mas o disco novo está bom, bom ,bom. a começar por esta. é puro verao.

a propósito das mortes da semana passada e das respectivas reacçoes ao serviço do revisionismo histórico

"(...)cabe ao materialismo dialético reter firmemente a imagem do passado tal como ela se impoe, sem que ele o saiba, ao sujeito histórico no momento do perigo. o perigo ameaça tanto a existência de tradiçao como aqueles que a recebem. para ela como para eles, o perigo está em entregá-los como instrumentos à classe dominante. em cada época é preciso tentar arrancar mais uma vez a tradiçao ao conformismo que quer apoderar-se dela. o Messias nao vem apenas como um redentor; ele vem como um vencedor do anticristo. o dom de atiçar através do passado a chama da esperança pertence apenas ao historiógrafo perfeitamente convencido que diante do inimigo, e no caso deste vencer, nem sequer os mortos estarao em segurança. E este inimigo nao tem cessado de vencer."

Benjamin, VI  Tese sobre a Filosofia da História 


sexta-feira, 20 de julho de 2012

do Québec mas podia ser de qualquer outro aqui

"Basically, what is happening in Québec is a sudden and widespread resistance to a global phenomenon, which is trying to apply the business model to every kind of human activity. Like a business, the university is supposed to become self-financing, whereas historically it was built up according to quite different rules. The conflict obviously took the particular and very localized form of a fight against the planned rise in university fees, which then spread to an opposition to the government’s handling of the crisis. But it is clear that at the core of the uprising is a subjectivity in revolt against the idea that business should be the paradigm for everything." 
Alain Badiou

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Capitalism is not a crisis, Capitalism is the crisis (2011)




porque hoje é dia de mobilizaçao. embora acredite mais numa greve indefinida e noutras formas de protesto social, que se distanciem das manifestaçoes de domingo, como provavelmente será a de hoje, de onde se volta para casa com a sensaçao de dever cumprido deixando tudo exactamente igual. 

Aqui

porque no youtube se aprende mais do que em algumas universidades # 2


del encuadramento del culo aka del enculamento

quando vi este anúncio em miúda  nao sabia o que eram tampoes, nem para que serviam. de facto, nem sequer sabia qual era o problema dela e porque é que estava tao nervosa. por alguma razao, talvez porque por este estado de tensao já quase todas as raparigas passaram, este anúncio ficou-me na cabeça. ao procura-lo descobri que é originalmente argentino - e depois de ter passado uma semana a ouvir o Žižek falar da relaçao argentina com o culo - o que de repente fez todo o sentido.

uma onda de calor

era mesmo o que faltava para ajudar à festa.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

coisas que nao passam na garganta #1

porque estamos a 18 de julho há que relembrar que a herança franquista continua intocável: que espanha tem um rei, e respectiva famíla, a receber do orçamento de estado 8,26 milhões de euros para os seus botoes e que, ainda por cima, sai de cena como magnânimo ao "baixar o seu próprio ordenado". incomoda-me principalmente que se continue a vender a ideia que a "democracia" espanhola lhe deve algo. 

porque no youtube se aprende mais do que em algumas universidades #1

a história dos judeus do leste europeu fascina-me. quando se começa a explorar o substracto politico de cidades como londres, chicago, nova iorque, etc no início do século XX, percebe-se que a maior parte dos nomes vêm do mesmo sitio e têm historias de vida paralelas. basta pensar na Emma Goldman, no Rudolf Rocker ou no Eric Hobsbawm. de alguma maneira tanto a própria Judith Butler (ou o Noam Chomsky mais directamente já que em criança foi "instruído" pelo Rocker) como os jewdas sao herdeiros desta gente. e  escrevo gente porque sao todos, de facto, judeus. 









Continua a ser a melhor coisa que o g+ produziu


terça-feira, 17 de julho de 2012

do como ir de um estado de plena paixao ao de ódio em 10 minutos




nao há nada mais ingrato, consumidor de tempo e aborrecido do que traduzir a própria prosa, especialmente quando, para ajudar à festa, o computador teima em produzir erros atrás de erros. um dos meus desejos secretos numa vida post-doc é, por esta ordem, mandar o computador que tenho à disposiçao da janela do gabinete ( nono andar que na realidade é um décimo-primeiro), de seguida pedir o livro de reclamaçoes do departamento e speak my mind e, last but not least, mandar umas quantas pessoas à merda. 

odeio o monstro da fruta



o único personagem abertamente bulímico da televisao infantil agora come fruta. enquanto saco as digestive com chocolate negro do meu private statch do gabinete em sua honra penso: ainda bem que já nasci há muito, muito tempo. é verdade que tive uma infância nutricionalmente nazi, com direito a cinco anos no infantário da diese - promotor de uma alimentaçao racional - e onde me davam coisas esquisitissímas de comer (leite que é leite nao deve saber a morango! já para nao me lembrar das pílulas de óleo de fígado de bacalhau, sobre as quais me diziam "humm, vais ver, sabem a morando e tudo!". mentira, tudo mentira). é verdade, também, que era a época dos malfadados E330, da proibiçao dos gelados de gelo ("gelado é se for de leite, um por semana e depois do almoço!", o que eu invejava nas noites quentes da ilha de tavira os miúdos a comer gelados ..). enfim, no meio desta paranóia toda, saí uma pessoa relativamente equilibrada a nível nutricional e, por isso, faz-me verdadeiramente confusao que os pais se demitam do seu papel e que seja a televisao a tomar as redeas de uma educaçao - aprender a comer - que se deveria fazer em casa  a maioria das crianças apanha os hábitos dos pais, e, quanto muito, na escola (o projecto do jamie oliver é um bom exemplo). o monstro das bolachas pode comer a fruta toda que lhe puserem a frente (e cuspi-la ao mesmo tempo) mas se o jantar em casa for lasanha congelada, nada muda. apenas é um programa que fica mais estúpido.

da info-exclusao

depois de quase um mês a viver no século XX aproxima-se finalmente o dia (será amanha? será depois? será, será?) em que voltarei ao século XXI: viva a internet no telefone, viva a internet dentro de quatro paredes, viva o project free tv, viva o pequeno almoço na cama a tomar contacto com o mundo, fora com os episódios requentados de séries que andavam perdidas no dico duro, fora com os cerca de 2000 emails que se aglomeram nas labels mentais "para ver depois" (leia-se quando procrastino de forma online), fora com as desculpas "nao posso fazer isso porque nao tenho internet em casa". Ahh, que bela voltará a ser a vida.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

"I'm a jazz man in the world of ideas"

                                                                         Examined life (2008)

"Takes tremendous discipline, takes tremendous courage to think for yourself, to examine yourself . The Socratic imperative of examining yourself recalls courage, as Yates used to say 'It takes more courage to examine the dark corners of your soul  than it does for a soldier to fight on the battlefield'." Cornel West

Aqui 

da futilidade

nao consigo decidir sobre o que gostaria mais: de ter uma túnica igual ou de estar numa sala cheia de baloes.

We'll eventually meet, Menorca. Do not worry!

porque as férias sao, neste momento, ainda uma miragem, ando viciada em best coast. de alguma maneira há de ser verao por aqui, caramba!

domingo, 15 de julho de 2012

"The beast is already inside the house"

Ando a alinhavar uns pensamentos sobre isto - a universidade hoje - mas entretanto vale sempre a pena ouvir a Wendy Brown, talvez das pessoas mais interessantes com quem tive o prazer de ter aulas e a razao porque ainda penso que nos Estados Unidos nem tudo é mau. 





3, 2, 1...

Oficialmente a escrever a tese . not so glamorous times, no sir!
Sendo que o objectivo nem é escrever dita cuja, mas dar algo ao meu orientador para que se entretenha. já nao suporto as conversas semanais que terminam invariavelmente com a pergunta: "Quando entregas a tese?". De facto, acho que só a semana passada foi-me feita a mesma pergunta pelo menos por umas 10 pessoas diferentes. Infelizmente nao há arbustos no campus, mas há headphones!


Enganados