há cerca de cinco anos, numa das primeiras noites em que estava, nao apenas a viver sozinha, como num país novo, numa vila adormecida e com um companheiro de casa intragável, escrevi um mail ao vasco barreto a protestar por me ter deixado orfa do memoria inventada, que me andava a servir de objecto transicional. cúmplice na diáspora, respondeu-me de imediato a confessar-me que numas entradas mais escondidas iam aparecer textos novos. assim foi, mas o mi morreu mesmo e eu perdi-lhe o rasto. hoje dei de caras com este texto seu e lembrei-me porque gostava tanto de o ler.
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
sexta-feira, 23 de novembro de 2012
Take me out tonight Because I want to see people and I Want to see life
Não sou a maior fã de the smiths ou, deus-me-livre-e-guarde, do Morrissey, mas há
angústias - sobretudo as mais adolescentes - que eles cantam como
ninguém.
(um dos melhores argumentos de não se ser fã de the
smiths sao os próprios fãs de the smiths - é só lembrar o pedro mexia - e isto vale para tantas outras bandas,
meu deus.)
quarta-feira, 21 de novembro de 2012
Holy Land
Suppose a that a man leaps out of a burning building (...) and lands on a bystander in the street below. Now, make the burning building be Europe, and the luckless man underneath be the Palestinian Arabs. Is this a historical injustice? Has the man below been a victim, with infinite cause of compliance and indefinite justification for violent retaliation? My own reply would be a provisional "no", but only on these conditions. The man leaping from the burning building must still make such restitution as he can to the man who broke his fall, and must not pretend that he never landed on him. And he must base his case on the singularity and uniqueness of the original leap. It can't, in other words, be "leap, leap, leap" for four generations and more. The people underneath cannot be expected to tolerate leaping on this scale and of this duration, if you catch my drift. In Palestine, tread softly, for you tread on their dreams. And do not tell Palestinians that they were never fallen upon and bruised in the first place. Do not shame yourself with the cheap lie that they were told by their leaders to run away. Also, stop saying that nobody knew how to cultivate oranges in Jaffa until the Jews showed them how. "Making the desert bloom" (...)
In the mid-1970's, Jewish settlers from New York were already establishing second homes for themselves on occupied territory. From what burning house were they leaping?(...) They Said they took the land because god had given it to them from time immemorial. In the noisome town of Hebron, where all of life is focused on a supposedly sacred boneyard in a dank local cave, one of the world's less pretty sights is that of supposed yeshivah students toting submachine guns and humbling the Arab inhabitants. When I asked one of these charmers where he got his legal authority to be a squatter, he flung his hand, index finger outstretched, toward the sky.
Actually - and this was where I began to feel seriously uncomfortable - some such divine claim underlay not just "the occupation" but the whole idea of a separate state foe Jews in Palestine. Take away the divine warrant for the Holy Land and where were you, and what were you? Just another landthief like the Turks or the British, except that in this case you wanted the land without the people. And the original Zionist slogan - "a land without people for a people without land" - disclosed its own negation when I saw the densely populated Arabs towns dwelling sullenly under Jewish tutelage. You want irony? How about Jews becoming colonizers at just the moment when other Europeans had given up on the idea?
in Christopher Hitchens (2010) Hitch 22, p. 381-382
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terça-feira, 20 de novembro de 2012
coisas que não passam pela garganta # 4
Este artigo do Rui Ramos. Mais do que fascista ou reaccionário, como já vi escrito, parece-me caso patológico, de uma total falta de contacto com a realidade, provavelmente causada pela falta de medicamentação anti-psicótica. Só assim se explicam ideias como "Fingir que qualquer milícia [sim, milícia] revolucionária com um perfil no facebook é um "movimento social" ou "A esquerda revolucionária espera, desde a noite do 25 de Novembro, uma última oportunidade." O mais inacreditável é que esta chorrada de disparates possa ser dita em praça pública por uma suma autoridade académica - neutral, claro está- quando aqui desvenda claramente o seu programa, e tomada como coisa séria. Parta-se o país em dois e mandemo-nos à vida, porque nitidamente não há convivência possível. De facto, mais do que irritar-me, dá-me vontade de rir, mas depois lembro-me do peso que estas coisas, porque não têm outro nome, têm na opinião pública e a vontade foge-me um bocado mais para o whisky.
via aventar
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terça-feira, 13 de novembro de 2012
dos anos 70
sei que é o termo correcto, mas nao consigo atinar com a palavra subnormal. alguém literalmente abaixo do patamar da normalidade, será isso uma identidade?
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