terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

A Elisabeth Badinter já escreveu um par de livros importantes, o XY, por exemplo em que faz a reflexão interessante da definição da masculinidade a partir de uma tripla negativa "não sou uma menina", "não sou um bebé", "não sou maricas", ou seja colocar a tónica da problemática de género também na masculinidade, o que é sempre refrescante quando se trata de feminismo. Não entanto, a partir da notícia do público acho que desta vez a tipa acusa a idade que tem. A impossibilidade do feminismo e maternidade é uma falsa questão. Ser mãe, com a emancipação feminina, é a maior das escolhas (concedo que nem sempre não condicionada ou até mesmo plena de culpa, dado o papel social vigente do que é ser mãe). Não posso nunca concordar é que se considere um retrocesso ideológico ceder ao desejo (próprio e não de outro, obviamente) de querer ser mãe ou pai (obviamente mais uma vez) a tempo inteiro. Não será a formação de um ser humano saudável e consciente uma tarefa muito mais revolucionária que trabalhar 60 horas por semana de modo a obter mais dinheiro e poder e alimentar um pouco mais a máquina capitalista que nos rege. Lerei o livro com atenção, pois uma noticia de um jornal é uma noticia de um jornal. Mas saltou-me a tampa, pronto, não existem super-mulheres, não podem existir e esse mito só nos faz mal a todos.

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