quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

das listas de subscriçao de informaçao

é fatal como o destino ter mil emails por dia das várias listas que subscrevi ao longo dos anos. umas dao-me mais do que outras. todas têm a sua devida etiqueta no meu arquivo do gmail, que eu sou pessoa para ser caoticamente arrumadinha. todas me chateiam, sobretudo pela quantidade de vezes que tenho de clicar mark as read, mas também pela sensaçao de trabalho por fazer que me dá ter milhares de emails que nunca vou ler. raras foram as vezes que me desinscrevi, excepto quando eram coisas parvas ou que apenas me tenham deixado de interessar. o máximo que pode acontecer é simplesmente eliminar directamente os emails, pumba: lixo. hoje, por outro lado, gostava de saber mais de informática (ou ter mais tempo disponível) para arranjar maneira de mandar esta merda toda dar uma curva. morreu um  historiador espanhol ontem e há pessoas a darem condolências para uma lista há mais de 24 horas. para uma lista onde se manda informaçao de, principalmente, novas publicaçoes e congressos. esta gente está a mandar condolências uns para os outros! ( e de caminho a entupir-me o email) e, nao podendo dizê-lo lá, fica aqui: esta gente está-me a dar cabo dos nervos, porra!

ADENDA: dito e feito, os dez mais irritantes emails diários já foram à vida. 

ADENDA II: é com várias versoes disto que ando, há mais de 24 horas, a levar: "Como insignificante historiador dedicado a la enseñanza de la Historia en bachillerato, mero transmisor de conocimientos que Historiadores como xxxxxxxx nos muestran, me uno a las condolencias del gremio por uno de los grandes. Que la tierra le sea leve, Clío lo acompañe a la presencia del Señor y descanse en paz para siempre. Y que nunca descanse su obra, que siga siendo manoseada y estudiada por legiones de aprendices." Ponha um anúncio no jornal, escreva à família, deixe-nos o email em paz..

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

das músicas simplesmente bonitas





Nina Simone,Mississippi Goddam, 1964
.....
Picket lines
School boycotts
They try to say it's a communist plot
All I want is equality
for my sister my brother my people and me
....

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

da felicidade nas pequenas coisas

Tenho uma amiga que comprou um mealheiro onde coloca cada dia um papel onde escreve uma coisa boa que lhe tenha acontecido durante o dia. Coisas simples, a maior parte dos dias: "encontrei lugar no metro", "nao me esqueci do guarda-chuva", etc. Surgiu isto numa conversa em que eu reparava que ultimamente fico contente com dois tipos de coisas: quando consigo arranjar formas de perder menos tempo e quando tomo boas decisoes para a minha saúde. Ando estupidamente entusiasmada com o facto de ter começado a beber um só café por dia, e nos dias em que nao bebo nenhum, uh lá lá, subo paredes extasiada. Sou capaz de andar uma semana de sorriso nos lábios ao pensar que estou a fazer 10km/h de média nos 5k. Também me deixa muito feliz o mercadona online e ter começado a fazer as compras de supermercado por internet, vivam as minhas costas! e ter deixado de as massacrar com o carrinho e os sacos das compras. Mas o supra-sumo da felicidade é andar a educar o meu cabelo para aguentar só ser lavado duas vezes por semana, e a esperança de um dia glorioso que será como voltar à infância e a lava-lo apenas uma vez por semana. Meu deus, tantos minutos extra para ser apenas preguiçosa, oh a-le-lui-a!

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013



o meu ipod velhinho, onde há música de há muitos discos duros atrás, ressuscitou esta semana. (Oh happy days! ) hoje ia a descer as escadas para o bar da universidade ao som desta, obviamente dançando, até dar de caras com um aluno: Bom dia!

terça-feira, 22 de janeiro de 2013


They fuck you up, your mum and dad.
They may not mean to, but they do.
They fill you with the faults they had 
 And add some extra, just for you.


But they were fucked up in their turn
By fools in old-style hats and coats,
Who half the time were soppy-stern 
And half at one another's throats.


Man hands on misery to man. 
 It deepens like a coastal shelf.
Get out as early as you can, 
 And don't have any kids yourself.



This be the verse, Philip Larkin

a song for all the soulness people



I guess by the bloodstain of your lips
And the wander of your fingertips
I should prove true to my emptiness
And stay here

Well I’m just a kid of ill repute
But the skin I wear is my only suit..
And you you’re just a substitute
For the one that I hold dear

You know you could be anyone
God forgive my tasteless tongue
I never should have been set free

I carve my eyes, I skin my face
And beg some how to be replaced
That’s how we deal with boys like me

I guess by this world so sick with loss
And your services so free of cost
I should climb down of my rugged cross
And lay with you

But you know by now it’s half past late
And I only came here for escape
You, you’re just my next mistake
Like me to you

You know you could be anyone
God forgive your unborn sons
I hope they don’t end up like me

I drag my mind through streets of shame
Blame myself, forgive the game
That’s how we deal with boys like me

But despite what you’ve been told
I once had a soul
Left somewhere behind
A former friend of mine

And I hate to speak so free
But you mean nothing to me
So if the streetlights they shine bright
I’ll be home tonight

I guess by the dim light in your eyes
And that to you all things come as a surprise
I should set the steel trap of your thighs
And dive right in

But to you I’m just a confused child
Insecure or in denial
Go raise your robes, go have your trial
I’ll let you in

You know I could be anyone
God forgive what I should have done
My thoughts enough to guilty thee

And yes, I guess I made this bed
But i’ll take the sidewalk instead
That’s how we deal with boys with me

But despite what you’ve been told
I once had a soul
Left somewhere behind
A former friend of mine

And I hate to sound so true
But I mean nothing to you
So with the streetlights they shine bright
I’ll be home tonight

Two gallants

e agora o pequeno exercício narcisistico: quando este albúm saiu, esta música rebentou-me o coraçao. passaram mais de cinco anos para eu perceber que soul é afinal coisa que nao me falta. nem um bocadinho sequer.

Enganados