sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

by the way, na segunda feira estive na praia. praia, praia, mergullhos e tudo. 28 de dezembro no hemisfério norte.
nao há bombas a explodir em cada canto, apenas nao tenho tido disponibilidade para mandar mails , ok mae?

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

da paranóia

depois do facebook ter dado conta da minha presença nestas terras do demo com medidas acrescidas de segurança, até tenho medo de escrever aqui qualquer coisinha

sábado, 25 de dezembro de 2010

hoje fiquei a saber que além de passar por espanhola, também passo por grega. já despejei uns 15 sorry acompanhados da cara mais atrapalhada de sempre para ver se dava para perceber que era passar-a-outro-e-não-ao-mesmo a pergunta escaganifobetica que me dirigiam. estar num país onde não se entende a língua é viver permanentemente atarantada e num estado meio autista, mas não é desagradável de todo.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

esquisto, esquisito, é eu só me ter apercebido agora - já o dia vai a meio - que já é dezembro.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Henry, today I am sad for the moments I am missing, those moments when you talk to Fred until dawn, when you are eloquent or briliant or violent or exaltant. And I was sad that you missed a wonderfull moment in me.

Henry and June from a Journal of love. The unexpurgated diary (1931-1932) of Anaïs Nin

domingo, 28 de novembro de 2010

 Don't be kind. Kindness is not a virtue. Bad for people you're kind to. It's treat them as inferiors, etc.

Susan Sontag, Reborn

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

le tango de la femme abandonnée



your kid sister

nao é toda a gente que soa igualmente credível em duas línguas


b fachada  Monogamia
voltei recentemente a devorar  livros com sofreguidão. custam-me todas as actividades que impliquem desviar os olhos do livro que tenho em mãos: o caminho das escadas do metro até à porta de minha casa são empurrões eminentes e as escadas escuras uma frustração. as páginas lembrar-me-ão desta fome com as nódoas das refeições dos últimos dias. tinha muitas saudades disto.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Madrid

é definitivamente um país diferente: há cantina universitária (toma e embrulha catalunha!) e manifestações da extrama-direita a reivindicar (também?!) a memória histórica organizadas pela falange, sim, a falange ainda existe. sem dúvida um outro país e um país mesmo muito estranho.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

agora que trabalho das 9 às 5 (apesar de acabar por ser mais das 11 às 6 ou das 12 às 5 ou 7, mas isso nao interessa nada), dou comigo a nao ter tempo para nada, apesar de - teoricamente - ter tempo para tudo.também me dou conta que terei os mesmos problemas de sedentariedade que qualquer funcionári@ administrati v@ ( rabo grande, problemas de costas e de olhos e aquela coisa do tendao à conta do rato). mas os domingos sao domingos outra vez (pelo menos até ao dia em que tenha um deadline a uma segunda-feira).

"caminhadas sem medo"

tenho um amigo que tem muitas ideias. esta é uma delas

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

o ano para mim continua a começar em setembro e já não me lembrava que este até é um mês divertido em barcelona.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010


                               todos correm enquanto eu continuo a aprender a andar

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Oi, oi




avisam-se os meus subscritores do reader (sim, vocês os três) que andei a brincar com com cores e quê, a quem interessar é clicar no forward para vir dar à casa mãe que está toda bomboca.
Em todas as ruas te encontro
Em todas as ruas te perco (...)
                               Cesariny
 
o resto não interessa, mas as geografia emocional é uma coisa lixada. 

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

explicando-me melhor

o livro em questão chama-se contas à vida - histórias do tempo que passa e chamou-me a atenção por alguns dos nomes que Viriato Teles escolheu - aparentemente segundo um critério pessoal - para entrevistar. a questão não será tanto o número de mulheres presentes, ou as perguntas sobre direitos e mudanças no feminino. o que me incomodou - uma espécie de comichão que vai alastrando lentamente - foi o facto de não se perguntar a nenhum dos homens o que mudou em ser homem nos últimos 35 anos, ou alguma das perguntas tão clássicas como idiotas sobre o que é "politica no feminino" mesmo na sua versão masculina. o que me irrita é a permanente assumpção do masculino como o neutro e dai a motivação de perguntar apenas às mulheres sobre o "exótico que é ser o feminino". 
ora tendo em conta que está subjacente a um determinado pensamento que homens e mulheres existem como se fossem as duas metades de um gráfico circular, no território em que um deles avança o outro recua, dai que o corolário de perguntar a mulheres o que mudou nos últimos 35 anos, seria perguntar a homens o que mudou na condição masculina nos últimos 35 anos. e isto ninguém faz. talvez porque não tenha mudado assim tanto e ai há razão para alarme, talvez porque ainda não estamos preparados como sociedade para observar o que mudou, talvez porque esta coisa dos territórios masculinos e femininos seja simplesmente uma treta. mas há coisas que mudam e ainda bem. às vezes são coisas pequenas. um professor que tive - e que de resto era no geral muito pouco interessante - dizia que tinha muito a agradecer ao feminismo - que ele próprio "professava" - porque lhe tinha permitido ser pai, ou seja, partilhar verdadeiramente o papel da paternidade. 
não era este sem dúvida o objectivo deste livro e não se há de lhe pedir isto, mas o que me incomodou foi apesar de se passar por essas questões - lá está nas entrevistas no feminino o livro não deixar de reproduzir este sistema de pensamento: tudo o que diz respeito a género, família, conquistas sociais nesse campo são assuntos de senhoras. política, economia e até musica são coisas de cavalheiros.


ontem li um livro de entrevistas sobre a memória do 25 de abril. em cerca de duas dezenas de entrevistados apenas quatro eram mulheres (alice vieira, maria teresa horta, isabel do carmo e odete santos) e apenas a estas couberam perguntas sobre a condição da mulher. assim está hoje a condição da mulher.

terça-feira, 20 de julho de 2010

e catrapumba, o tibidabo deixou de estar na lista dos meus sítios preferidos.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

constatações


se há coisa que sinto falta de Barcelona logo ao fim de 5 dias é de poder mover-me de um lado para o outro rapidamente e à superfície

sexta-feira, 2 de julho de 2010

o que eu gostava mesmo de perceber é o que se sente para saber que uma decisão é a correcta. imagine-se um restaurante, a carta está cheia de coisas boas e há que escolher. o que é que nos diz que escolhemos o certo e temos de nos conformar com isso? eu, por exemplo, fico sempre com uma sensação de insatisfação - que o outro prato afinal devia ser muito melhor.


aber ich kann nicht

quarta-feira, 16 de junho de 2010

segunda-feira, 7 de junho de 2010

conselhos que vos deixo

nunca aceitem fazer uma acta do que quer que seja. é desgastante e nao se tira dela nenhum proveito.

das pequenas obessoes

nao há nada como riscar tarefas numa to do list.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

problema de calçado

outro dia uma miuda histérica na casa do terror deu-me cabo de uma das sandálias que demorei uns seis meses a descobrir o ano passado e agora passo a vida com medo de ficar descalça no meio da rua, porque estao literalmente por um fio.é tempo de encontrar outras, enfim. vejo uma data de sandálias bonitas nos pés das pessoas por aí, mas cada vez que entro numa loja - e tenho-o feito com frequência nos últimos dias porque é verao e já só consigo andar com os pés ao léu -  aquilo parece o festival dos horrores. há umas coisas tipo botas a que lhes faltam bocados, uma coisas de tiras com "pedras preciosas", tudo horrível ao ponto de estar a considerar comprar uns chinelos birkenstock e abraçar o meu lado mais freak. entre isso ou começar a andar descalça nao sei qual é o caminho mais rápido.

(sim, sim, devia estar a escrever uma acta chatissíma em catalao e nao a falar sobre calçado e é por isso que nao tenho tiles)

quinta-feira, 3 de junho de 2010

constatação matinal

nem roupa lavada tenho para vestir e acordar às oito não é assim tão cedo

quarta-feira, 2 de junho de 2010

segunda-feira, 31 de maio de 2010

(felizmente) já não ia lá há uns tempos, mas há cada mongolóide.

10. 934 km com o montjuic pelo meio

uma hora e meia e uma volta no estádio olimpico ontem. dificuldade extrema em descer escadas hoje.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

googlar "como fazer uma apresentação de power point" vai dar a coisas curiosas.. vai vai

terça-feira, 25 de maio de 2010

se há coisa que esta universidade tem é guito. vê-se nos edifícios, nas condições de que dispõe, etc. quando estudava na fcsh sabia que era uma universidade falida, mas só ao chegar aqui percebi exactamente o que é uma universidade ter dinheiro. apesar de ter à minha disposição um gabinete, trabalho por opção muitas vezes na biblioteca. porque a biblioteca tem um edifício que é uma antiga mãe de água, com andares e sub-andares, absurdamente bonitos. tem também muitos livros. muitos, muitos, por isso é que me espanta que na secção história de portugal haja apenas 76. (sim, eu contei-os) apesar de tudo esta minha divagação numérica hoje foi   produtiva e não apenas um exemplo de procrastinação: dos 76 há 3 exemplares da edição espanhola do Portugal e o Futuro do Spínola. e ao dar uma olhadela vejo que a primeira edição é logo de maio de 74. e surgem logo ideias. vale a pena trabalhar na biblioteca.

do Microsoft Access

depois de um sábado absolutamente frustrante em que fiz e refiz  (a segunda vez impulsionada por uma cerveja e uma dose gordurosa de patatas bravas que nem sequer me soube bem) a base de dados que tenho de discutir amanhã, hoje - aqui sentada e completamente disponível para introduzir tudo pela terceira vez - acabo de descobrir que a informação está lá. eu não a vejo, nem sozinha, nem em conjunto, mas está lá. até já descobri uma forma de individualmente aceder à ficha e finalmente percebi onde está o save records. lentamente, muito lentamente, faço as pazes com este malfadado programa. qualquer dia, quem sabe, até seremos amigos.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

agora que é finalmente verão e só me apetecem fazer coisas de verão tenho uma próxima semana cheia de trabalho e compromissos chatos - como por exemplo aprender a trabalhar com o access  entre amanhã e domingo. hoje estive seis horas debruçada em cima de jornais velhos que me dão alergia e muitos espirros. trabalhei 3 meses de 74. multiplicando isto por 5 jornais e muitos meses mais em 74, 75 e 76 vai ser um verão muito divertido. oh se vai..

quarta-feira, 19 de maio de 2010

terça-feira, 18 de maio de 2010

cursa do corte inglês - 10 km - inscrevi-me hoje enquanto não prestava atenção a um seminário

montserrat

no sábado vou levantar-me a horas insanas e vou passar o dia aqui. tenho 3 dias para me mentalizar que vou acordar quase às horas a que me ando a deitar. 

segunda-feira, 17 de maio de 2010

domingo, 16 de maio de 2010

raios parta os catalães mais as tradições deles



tenho a certeza que se a união europeia se enteirasse disto eram quickados à grande. não sei como não se perdem mais mãos, olhos e narizes neste bárbaro país.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

está feito. mas nem tocaram sinos nem me sinto de alguma forma diferente de ontem. dia 3 de Junho lá estarei a defender 8 meses de pouco trabalho. não sei onde desencantarei a convicção.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

afinal não correu tudo bem e depositar o dito cujo ficou adiado para amanhã. o irónico da coisa é que me falta uma assinatura do tal que não queria ver à frente, mas é o director do programa de doutoramento e o presidente do meu júri. sorte macaca.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

deposito amanhã um sofrível projecto. umas míseras 22 páginas que me arrancaram pouco suor nos últimos nem-quero-bem-saber-quantos-8-meses. eis se não quando, o meu orientador por ser sádico ou talvez por me querer formar o carácter, coloca como presidente do júri, quem eu lhe pedi expressamente que não estivesse nem perto da sala de actas no dia 3 de Junho. só o tipo que me torturou o ano passado e para quem eu olho de lado cada vez que nos cruzamos. vaya sorte.

quem lê uma entrevista do luiz pacheco lê todas mas ainda assim há coisas que não esperava

Então não posso ter uma ideiazinha política, porra? Em relação a um PS que eu acho  um partido do pior que há! Eu em tempos, quando era pequeno, fui assim um bocadinho salazarista, tinha até o busto de salazar no meu quarto. Não tinha formação política nenhuma, era germanófilo, e de repente um gajo abre os olhos. Mas ainda hoje considero que o mano Salazar era um estadista a sério!Outro dia vi o Cavaco - está a gravar mas não me importo! - lá no Palácio de São Bento e disse: em relação aos gajos que o rodeiam, e em relação ao Guterres, este gajo é um estadista! Agora, o Sampaio é bem giro, é um porreiro!

público, março 1995

simply red é ridiculo

hoje andei de bicicleta depois de muitos meses. durante o trajecto veio-me à cabeça a época em que estava tirar a carta de condução ao som da nostalgia e dos comentários ordinários do sr. ferraz. na altura havia um anúncio do copertone que cantava "já estás pronto para o verão? já estás pronto para todo o dia ser uma alegria?".e lá fui eu pela diagonal a trautear isso e a pensar no verão. mas infelizmente agora ao voltar para casa começou a chover. estou farta de ameaças, venha o verão e já.

terça-feira, 11 de maio de 2010

durante o ritual sagrado em que se tornaram, ultimamente, os meus 40 minutos de corrida diários ia hoje a ouvir um dos melhores discos para isso - minor threat complete discography - e percebi que It's not how old I am, it's how old I feel, mantra que repeti à exaustão durante os últimos dez anos, não é assim tão verdadeiro quanto isso. às vezes é mesmo tempo de crescer e deixar o compasso de espera para a vida adulta para trás.  ou isso ou os 27 correm mesmo o risco de ser a idade mítica. se até aí não tiveste fama nem te mataste, depois deles vais mesmo chegar a velho.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

ter tido 15 anos e um corte de cabelo à natalie imbruglia.



a rádio espanhola é tão boa que estou a ouvir isto.

em lisboa

uns dias em casa e percebo que mais do que os amigos à distância de um telefonema, a cozinha da mãe (ainda que esta seja perguntas como"as natas batem-se com a varinha mágica?") os encontros casuais na rua com pessoas que não víamos há demasiado tempo, o que me dá verdadeiramente a sensação de estar em casa são as horas passadas em frente à televisão e tomar banho confortavelmente numa casa de banho decentemente iluminada.

aos 27

ando mais ou menos a tentar aprender a viver. aparentemente mais vale tarde que nunca.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Lisboa na primavera é feira do livro. feira do livro são muitas oportunidades de desvio de livros, mas na minha tradição anual comigo mesma cumprida na tarde de ontem fintei um desejo momentâneo de levar três livros comigo sem dar conta ao dono apenas porque a tinta da china faz muito pela beleza dos livros em portugal . por isso vale a pena dar-lhe o meu dinheiro. do passeio domingueiro resultaram muitos livros para "trabalhar"  - a minha desculpa para estoirar a bolsa em coisas ultimamente - mas também este grande despojo:



amanhã, a caminho de casa, vou tentar não roncar o voo inteiro e por os meus olhos míopes em cima dele.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

sobre ionline

os meus 2 leitores  - e a minha mãe - já devem ter percebido da grande panca que tenho com o i, jornal que leio online diariamente e folheei em papel umas duas vezes. como a edição de papel me é praticamente desconhecida o que vou dizer de seguida restringe-se apenas à edição online. esta, por mais que me divirta - e é divertimento ao nível do correio da manhã (que já nos deu pérolas destas, lembram-se?) - é coisa para  se fechar e deitar fora a chave. além da eleição questionável de temas e títulos, dos erros, das cópias, das traduções da wikipédia e não só, dalgum tipo de entrevistas, deu também em fazer publicidade descarada, sob a forma de "notícia". irrita-me, sobretudo porque sei se fonte segura que não pagam bem e sabemos todos que não tem viabilidade económica para continuar a existir se não for comprado rapidamente. se é para passar publicidade sob a forma de noticias, que isso se reflicta em bons salários, que paguem trabalho de qualidade. assim, é mesmo só chunga e qualquer pessoa que já tenha comprado voos na ryanair recebe também os emails das promoções, não precisa de o ler o i..

era ser uma semana mais tarde

Na sessão de 26 de Abril, às 19h30, apresentam-se quatro títulos documentais portugueses em cópias novas, recém tiradas pelo laboratório da Cinemateca, que revelam aspectos do quotidiano revolucionário pós Abril de 1974, em sessão apresentada por José Filipe Costa, realizador e in...vestigador do cinema português deste período. Os quatro títulos focam questões relacionadas com a colectivização, a redescoberta do mundo rural e a descolonização: "Herdade do Zambujal" (1975) e "Pintura Colectiva" (1977) abordam a primeira questão. O primeiro, documentando a ocupação de uma herdade e a sua administração pelos trabalhadores, mas também pelo próprio modo de produção colectiva do filme (assinado pela UPC nº1 do Instituto Português de Cinema). "Pintura Colectiva" regista um modo de empenhamento comunitário que se multiplicou um pouco por todo o país, mas aqui representado numa configuração “erudita”, juntando nomes sonantes da cena artística e cultural portuguesa dos anos setenta: Noronha da Costa, Fernando de Azevedo, Joaquim Rodrigo, Lourdes Castro, Costa Pinheiro, Eduardo Batarda, António Palolo, e dezenas de outros artistas plásticos, e ainda Raul Rego, João Bénard da Costa e o grupo de teatro A Cornucópia. "Madanela", por seu lado, documenta uma festa religiosa com características “laicas” (não seriam antes pagãs?) e inscreve-se, como tantos outros filmes sobre o mundo rural português do mesmo período, nas tentativas de corrigir a imagem folclorizada do “povo” veiculada durante a ditadura. "Madanela" (1977), de Manuel Costa e Silva, exibe a urgência etnográfica típica dos registos de uma cultura em desaparecimento (ou pelo menos vista como tal). O documentário de António Escudeiro, "Guiné-Bissau: Independência" (1977), completa este panorama das questões “quentes” do pós-25 de Abril com a sua síntese histórica sobre a independência da Guiné Bissau, que percorre a história do país desde a sua colonização até à admissão na ONU, passando pela guerra de libertação e pelo complexo processo negocial após o 25 de Abril.

via facebook

terça-feira, 20 de abril de 2010

já é oficial

a 15 de maio: Olá Gran via! Infelizmente há erros que se pagam muito caro.


Ver mapa maior

segunda-feira, 19 de abril de 2010

digitalizar três anos do The Guardian a falar de Espanha, quanto tempo? uma hora e meia que pareceram três dias, chiça.

afinal já cá anda

o meu nariz e os meus olhos atestam a chegada da primavera.

terça-feira, 13 de abril de 2010

não há maneira de chegar uma primavera que se veja e que não se vá embora no dia seguinte.

quinta-feira, 18 de março de 2010

do roubo de livros

eu roubo livros. roubar livros não é o mesmo que roubar outra coisa qualquer. roubar livros na fnac não é o mesmo que roubar livros na ler devagar. roubar livros só é bonito nos sítios onde não gostam dos livros. nunca é bonito roubar livros num alfarrabista ou numa livraria pequena, onde geralmente há uma afinidade com o livreiro, ainda que não se suporte o tipo. não é possível roubar alguém. é possível roubar onde. o alguém tem um rosto e é alguém com quem partilhamos afeições. a fnac não tem rosto. a fnac já deixou de gostar dos livros há muito tempo. para não falar da bertrand, exploradora implacável de muitos que gostam e, igualmente, roubam livros.

sexta-feira, 12 de março de 2010

quarta-feira, 10 de março de 2010

Ainda não tenho fotos, mas isto foi o nevão aqui:





dada a falta de material (ou de imaginação?) infelizmente eu limitei-me a bolas de neve, ficar completamente encharcada e com um nariz ranhoso no dia seguinte. adorei!
para quem ai cresceu nos anos 80 e 90 Telheiras era uma espécie de subúrbio ligeiramente mais perto do centro de Lisboa. dizer que se morava na joão barreira significava ouvir invariavelmente "onde?", "em telheiras", "ah e onde é que isso fica?", "ali ao pé do campo grande". Não era o mesmo que morar nas evidentes avenida de roma ou da república. o 67 acabava às nove e meia da noite mas com as alíneas de excepção, a grande probabilidade era ficar apeado a partir das oito e meia. já o 47 circulava até perto da uma, mas dava uma granda volta pelo lumiar. de qualquer das formas era a única forma de voltar para casa depois de um cinema nocturno. o perigo nas ruas era ser roubado pelos ciganos da cola, surpreendido pelos vários exibicionistas que por lá sempre se passearam (de repente lembro-me de pelo menos três episódios) ou levar com balões de água, fosse ou não carnaval. entretanto veio o metro. deixou de ser subúrbio e até já tem direito a violador na "rua dos cafés", precisamente a minha rua, agora escarrapachada nas páginas do i diariamente.

do pasquim transformado em querido diário

mandei um granda corte de cabelo e, correndo o risco de parecer ter nove anos, afinal os vinte e sete assentaram que nem uma luva.

terça-feira, 9 de março de 2010

ups, parece-me que tenho demasiado tempo livre

o i a modos que traduz a wikipedia..

odd

o mais estranho é que da mesma maneira que veio o nevão foi-se. hoje alto dia de primavera - fria mas com solinho - e nem uma pontinha de neve para contar a história. parece que nunca aconteceu.

domingo, 7 de março de 2010

o domingo, na verdade, é um estado de espírito, mas barcelona continua a ser particularmente aborrecida aos domingos. sensação de fim de festa, torpor pré-segunda-feira, e invariavelmente dias escuros.

exactly

Podemos tirar a semana de trabalho do domingo, mas não podemos tirar o domingo de dentro de nós.

sexta-feira, 5 de março de 2010

quinta-feira, 4 de março de 2010

universidade espaço de conhecimento e coisa e tal..

wrong. igualzinho a qualquer tipo de repartição pública ou privada. faço trabalho de secretária cada vez que lá ponho os pés e oiço as tricas internas todas. safa-me a condição de estrangeira paga por uma entidade estrangeira que me dá oportunidade de alguma independência ou estes seriam os piores anos da minha vida. se eu quisesse trabalhar num escritório, tinha ido trabalhar num escritório. ponto.

quarta-feira, 3 de março de 2010

pés molhados... outra vez


mas será que o inverno não acaba nunca?? dava-me jeito um destes, já agora. dava-me jeito caminhar à chuva com as mãos livres e os pés secos, se não é pedir muito. também me dava muito jeito já ter recebido a bolsa e ir no mês que vem a nova iorque, já agora. está ali o Radio City Music Hall mesmo a espreitar.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

da nostalgia

o perigo de estar longe é que se idealizam as coisas. (Lisboa 2007)

a modo de piada mas com algum fundo de verdade

quando for grande quero ser como a Joana Lopes. Andava com vontade de dizer isto.
A Elisabeth Badinter já escreveu um par de livros importantes, o XY, por exemplo em que faz a reflexão interessante da definição da masculinidade a partir de uma tripla negativa "não sou uma menina", "não sou um bebé", "não sou maricas", ou seja colocar a tónica da problemática de género também na masculinidade, o que é sempre refrescante quando se trata de feminismo. Não entanto, a partir da notícia do público acho que desta vez a tipa acusa a idade que tem. A impossibilidade do feminismo e maternidade é uma falsa questão. Ser mãe, com a emancipação feminina, é a maior das escolhas (concedo que nem sempre não condicionada ou até mesmo plena de culpa, dado o papel social vigente do que é ser mãe). Não posso nunca concordar é que se considere um retrocesso ideológico ceder ao desejo (próprio e não de outro, obviamente) de querer ser mãe ou pai (obviamente mais uma vez) a tempo inteiro. Não será a formação de um ser humano saudável e consciente uma tarefa muito mais revolucionária que trabalhar 60 horas por semana de modo a obter mais dinheiro e poder e alimentar um pouco mais a máquina capitalista que nos rege. Lerei o livro com atenção, pois uma noticia de um jornal é uma noticia de um jornal. Mas saltou-me a tampa, pronto, não existem super-mulheres, não podem existir e esse mito só nos faz mal a todos.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Se há coisa que qualquer (i)migrante - nunca sei a partir de que perspectiva considerar-me, se da do país de ida se do de chegada - concorda, será na dependência que se transforma a necessidade de ter internet disponível. Rituais diários podem implicar várias hora de email, jornais, blogues, o que quer que seja, numa, talvez vã, tentativa se nos mantermos incluídos neste colectivo que é ser de Portugal. Não sei se será esta a razão, mas tomando-a como válida, nos últimos tempos a última coisa que tenho sentido é precisamente identificação, tal o Carnaval que vai ai no país ao lado. Nunca consegui perceber se é o facto de ler e não viver que transforma o quotidiano muito mais caótico. Mas a verdade é que Portugal nunca me pareceu tanto uma república das bananas como ultimamente. É fechar as portas e passar a chave a outro, porque já não há solução possível. Estanho mesmo a sério é que ainda assim, consiga parecer tantas vezes o el dourado. É nestas merdas de incongruências que uma pessoa percebe o quão f*d*d* é ser português.

disclaimer: nunca quereria eu ter outra nacionalidade, já me basta ter nascido com uma

o melhor do mundo são as crianças

aos 12, 13, 14 as crianças podem estar a aprender uma profissão

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

adenda ao final de uma semana

continuo à espera das novidades no correio (e na conta bancária já agora..)
se há coisa que me enerva é que toda a explicação para a evolução política espanhola mete a expressão "evitar o derramamento de sangue"

síndroma figo

sabe-se que é algo de que se padece quando se passa cinco minutos a teimar com o corrector ortográfico que o adjectivo de pacto é pactada e não pactuada.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

da liberdade de horários

trabalhar em casa e de pijama às 15 da tarde de quinta feira dá uma sensação esquisita, de quê? de produtividade não é de certeza.

de uma forma simplista

nunca na vida estaria solidária com o Mário Crespo.

é ver o video das presenças e sobe logo o vómito à boca. argh

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

da caixa do correio

esta semana já por duas vezes tive novidades na volta do correio. na segunda era trabalho, hoje uma prenda de anos atrasada, que pela surpresa me encheu o coraçao. Assim crio expectativas, sexta será dia de esperar "o" contrato ou é demasiado wishfull thinking?

do buzz



se for tão intuitivo como o wave, dispenso.

Curiosa a forma como a google o mundo:

"The first thing we all do when we find something interesting is sharing".

Is it???


cake "Never there"

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010



Cheap trick (who else?) I Want you to want me

desabafos académicos

É oficial: faço o doutoramento em cima do joelho, "ad hoc", enfim, como lhe queiram chamar. Em vez de seminários oferecem-nos tutorias, por acaso, no meio de uma conversa de café. Mas como saber o que perguntar? Quando nada se sabe não há dúvidas, logo tutorias de nada servem. O sistema educativo espanhol é muito estranho, pois esta é uma universidade de excelência, "competitiva" até à medula e eu sinto que o que tenho para aprender será fazendo-o.

coisas giras encontradas no tapete da fábrica

"Cinco extranjeros detenidos en la frontera de irun. Llevaban cien killos de propaganda marxista en portugués, chino y francés"

la vanguardia española, 10 de maio de 1974

da linha de montagem

passo o dia a fazer uma mecanica tarefa digna de um qualquer chimpazé e questiono desde logo a natureza da minha ocupaçao actual.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

questões de trabalho

Ando a ler um livro - nada discreto by the way (600 pps!!) - que não só se chama Juan Carlos. El rey de un pueblo como tem na capa uma fotografia mofadíssima do dito cujo. Pelos olhares que recebi outro dia na sala de espera do centro de saúde tenho a certeza que incomodei muita gente. Aos conhecidos ainda tento explicar que a estética do livro não se coaduna com o perfil do autor mas até esses acham estranho. O pior de tudo: o livro até se lê bem (e o Franco era um f*lho da p*ta maquiavélico q.b.)

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

do contacto com o sistema judicial

Hoje estreei-me na identificação de pessoas através de um vidro. A um metro de distancia é impossível não pensar que sim, que me estavam a ver a fuça. Identificar alguém é algo que me faz impressão, pois a maior parte das vezes tenho dificuldade em reconhecer dois gémeos como tal. Quase sempre fico na dúvida se não serão apenas duas pessoas muito parecidas. Parece-me que identifiquei bem, pois nem insistiram para que visse melhor e a partir daí tudo foi muito rápido.


quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

as caixas de comentários de blogs servem para demonstrar a falta que fazem as conversas de café.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

da sorte

roubarem-me a mala às 00:05 e receber às 00:15 um telefonema em terceiro grau a dá-la como encontrada.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

das notícias do i

e eu que pensava que a Linda de Suza estava mais que morta.
há gente que faz coisas destas e nos deixam a pensar "que raio ando eu a fazer com a minha vida?"

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

da mudança de casa

andar a ver casas é tipo um mini-flashforward para vários mundos possíveis.

do mundo extremamente deformado

Não tenho televisão e há mais de seis meses que não leio um jornal diariamente. A disponibilidade de internet depende da boa-vontade do vizinho. Ainda assim leio muita porcaria - e outra não tanto - por ai. Dou-me conta de muito do que se passa no mundo através das fontes mais improváveis e, às vezes, duvidosas. Acho que tenho o que é preciso para viver neste mundo: um filtro.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

the sun is back

e que bem que sabe voltar a correr, contornando o lamaçal,à sexta-feira de manhã

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

dos problemas actuais

à falta da devida auto-disciplina e força para combater a inércia, dava-me mesmo jeito um organizador de tempo, uma espécie de personal-trainer-versão-académica. é lixada esta propensão humana (leia-se humana de modo a que eu me sinta melhor comigo própria) para apenas produzir sob pressão ou obrigação. esta falta de respeito quando o chefe sou eu irrita-me.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

reminescências da ceia de natal: as pedras no comício do CDS

“As greves inoportunas (como a da TAP antes do 28 de Setembro e a ameaça de greve antes do 28 de Março) e os boicotes histéricos a comícios e partidos reaccionários, sendo na aparência, actos “revolucionários”, são, de facto, na sua essência, oportunismo liberal num caso e violência anarquista noutro, sempre sabiamente aproveitados pela direita.” (p.19)


JARA, José Manuel (Julho 1975) Maoísmo em Portugal. Ideologia anarquista, contra-revolucionária e paródia burguesa do marxismo, Lisboa, Edições Sociais


Enganados